Lindemberg Alves Fernandes foi condenado nesta quinta-feira à pena de 98 anos e 10 meses pela morte de Eloá Pimentel. O crime ocorreu em 2008, após a adolescente ter sido mantida em cárcere
privado por mais de cem horas no apartamento onde morava, em Santo
André, São Paulo.
O júri era formado por seis homens e uma mulher, que reconheceram todos os crimes. Pela lei brasileira, ele não pode ficar preso por mais de 30 anos.
O julgamento durou quatro dias, sendo marcado pelo
depoimento do réu, que falou pela primeira vez sobre o caso, e também
pelas discussões e a ameaça de abandono do tribunal pela advogada de
defesa, Ana Lúcia Assad. A juíza do caso, Milena Dias, também deve
entrar com uma representação na OAB contra Assad por desacato, por ter mandado a magistrada voltar a estudar.
Lindemberg confessou ter atirado contra Eloá, mas
garantiu que não planejou o crime. Apesar disso, o júri o condenou nos
12 crimes pelos quais foi acusado.
Lindemberg foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe pela
morte de Eloá, duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues e o
sargento Atos Valeriano), cinco ocorrências de cárcere privado (contra
Eloá, Vitor Lopes, Iago Oliveira e duas vezes contra Nayara) e quatro
disparos de arma de fogo. O réu não poderá recorrer em liberdade.
"Além de eliminar a vida de uma jovem de 15 anos e quase matar Nayara e o bravo policial Atos Valeriano, causou enorme transtorno para a sociedade e para o Estado", disse a juíza, que ressaltou a frieza, orgulho e egoísmo do réu, além da premeditação do crime.
"Além de eliminar a vida de uma jovem de 15 anos e quase matar Nayara e o bravo policial Atos Valeriano, causou enorme transtorno para a sociedade e para o Estado", disse a juíza, que ressaltou a frieza, orgulho e egoísmo do réu, além da premeditação do crime.
Fonte(s): Pop (e) Yahoo